segunda-feira, 24 de março de 2014

Metal Gear V - Ground Zeroes: Uma piada muito mal contada!








"Sabe aquele jogo que você espera mais que ansiosamente para jogar, ainda mais quando de trata de uma grande produção como a série Metal Gear Solid? Pois bem, o jogo foi feito, lançado, e mostrou maravilhas. Mas ai você passa a primeira missão, assiste toda a cena que se segue e logo depois créditos e a mensagem que todo o enredo continua no Metal Gear Solid: Phantom Pain... Sim, meus amigos, vocês não entenderam errado! É isso mesmo: ESSE JOGO TEM APENAS UMA MISSÃO PRINCIPAL QUE PODE SER CONCLUÍDA EM MENOS DE 20 MINUTOS!"






Belas cenas, ótima jogabilidade, muita ação e muito gráfico (para não decepcionar os debilóides, of course). Metal Gear Solid: Ground Zeroes tinha tudo em mãos para ser o jogo do ano. Mas não, resolveram lançar apenas uma missão principal e algumas poucas missões secundárias (quase um modo VR aprimorado). O MGS V: GZ acabou protagonizando a grande decepção do ano. Ainda é cedo para afirmar se isso é uma jogada de marketing distorcida, mas que pegou mal, isso pegou!

A missão se inicia e a empolgação é imediata. Mas não se enganem... É apenas uma missão!

O jogo em si tem uma mecânica excelente, idêntica ao dos clássicos MGS, mas bem aprimorada. Você tem um equipamento muito avançado, chamado de iDroid, que serve como uma espécie de mapa digital ultra-futurista, que não condiz com o enredo do jogo (que se passa na década de 1970). 

O iDroid parece ter vindo do mundo de Crysis! Konami, o jogo se passa na década de 1970, não se esqueça!
O iDroid mostra um mapa muito detalhado e preciso. Para isso estar em funcionamento em pleno ano de 1975, deve ser alguma tecnologia alienígena!

Segundo o que muitos dizem, o jogo apresenta um "mundo aberto". Disso eu já discordo! É porque a missão única do jogo se passa em um cenário grande, e existem várias possibilidades de se completar a missão.  A missão do jogo é resgatar um garoto chamado Chico e uma mulher chamada Paz. Agora, como você chegará até os dois fica a seu critério, podendo ser altamente discreto, como o espião que o Snake é, ou mesmo sendo barulhento e assassino, matando todos que estão no seu caminho.

Outra coisa que ficou estranha e logicamente facilitou a vida dos noobs é aquela "câmera lenta" que ocorre quando você é visto por um inimigo - uma espécie de "bullet time" ativada automaticamente. Isso te dá a iniciativa para decidir se você mata um inimigo ou foge dele.


Depois de ser visto por um inimigo e escutar o tradicional "fuim", uma câmera lenta é ativada, te dando uma iniciativa injusta para acabar com o inimigo logo de cara. O Snake é ultra-habilidoso, todos sabem, mas agora, dar-lhe o dom do reflexo felino é um pouquinho demais, não acham?

Os inimigos à propósito tem uma AI mediana. Eu consegui notar que alguns podem te observar de longe, ainda mais quando área está iluminada com faróis de busca. Só teve um caso no qual eu estava correndo e passei "raspando" em um soldado que sequer notou a presença. Pensei que iria ser descoberto, mas não, foi possível surpreendê-lo por trás...

Voltar no tempo e reaproveitar o Big Boss foi uma maneira esperta de dar continuidade ao enredo do jogo ao invés de mover adiante sem um "Snake". Mas eu senti que desejaram criar um jogo em um tempo mais atual. Em certos momentos, você simplesmente esquece que está em 1975! Ainda mais com os equipamentos tecnológicos e a cena final mostram uma espécie de futurismo sem base.

Naked Snake (agora Big Boss), volta a ser o protagonista após o excelente MGS 3. A ideia de voltar no tempo mais uma vez foi boa, ao invés de seguir para um futuro pós MGS 4 sem um possível Snake.
O jogo tenta tapar seus buracos com missões secundárias. Isso, infelizmente não preenche o vazio de um enredo incompleto. 

Enfim, o jogo apresenta coisas legais para atiçar qualquer gamer, mas decepciona totalmente por ter apenas uma missão. Essa brincadeira acabou queimando o filme da série e de seu todo poderoso criador Hideo Kojima. Veículos vendidos como IGN e Gamespot elogiaram o jogo e deram uma nota alta à ele. Porém, outros veículos como a EGM e a Polygon criticaram imensamente o tamanho do jogo, classificando-o como uma tentativa injusta de se ganhar dinheiro com o jogo, usando de uma série de grande renome para isso. Eu partilho da opinião desses dois últimos. O MGSV:GZ é praticamente um "sexo sem tesão"!

;)

Um comentário:

  1. Excelente review, meus parabéns pelo nível de detalhe e a maneira como você escreve. Bom, a unica coisa que eu consigo discordar dessa sua visão do jogo tão parecida com a minha, é do fato de você ter escrito que a IA do jogo é mediana; Na minha opinião eu achei a IA do jogo impressionante, quer dizer, a maneira com que os inimigos se comunicam no rádio e como eles agem a determinadas situações. Talvez seja por que eu ainda não tenha visto nada parecido, mas pra mim é uma IA muito boa.

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